O médico acusado de matar cinco pessoas em um atropelamento ocorrido no último sábado (16), em Ouro Branco, no Sertão de Alagoas, afirmou em seu depoimento que tentou frear o veículo assim que percebeu as vítimas na pista, mas não conseguiu evitar o acidente.
Ele se apresentou nesta sexta-feira (22) à Delegacia Regional de Santana do Ipanema, onde prestou depoimento à delegada plantonista Celina Cruz.
Segundo a delegada Daniela Andrade, titular da regional, o médico também relatou que não havia consumido bebida alcoólica naquele dia e que não permaneceu no local para prestar socorro por temer represálias de populares.
Ainda conforme a autoridade policial, as investigações seguem em andamento e novas testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.
O caso
O acidente aconteceu na madrugada do último sábado (16), em frente a uma churrascaria. Segundo relatos, um grupo retornava de uma confraternização quando um motociclista, em uma Pop 100 preta, colidiu com um carro estacionado na via. Pessoas que vinham atrás pararam para ajudar o condutor da moto e, nesse momento, a caminhonete que seguia no sentido contrário atingiu o grupo.
Seis pessoas foram atropeladas. Quatro morreram no local, e duas foram socorridas ao Hospital Regional de Santana do Ipanema, onde uma delas não resistiu. No total, cinco pessoas faleceram.
Entre as vítimas fatais, três eram mulheres e duas eram homens; quatro eram naturais de Alagoas e uma de São Paulo.