Familiares do jovem Gabriel Lincoln, de 16 anos, baleado e morto após uma abordagem policial em maio deste ano, na cidade de Palmeira dos Índios, foram recebidos, nesta segunda-feira (18), pelos secretários executivos da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), coronel Patrick Madeiro e coronel Jairison Melo

Na reunião, os parentes do adolescente. os gestores da SSP apresentaram as atualizações sobre o andamento do inquérito. Segundo Madeiro e Melo, o procedimento está em fase final e tem recebido prioridade máxima dentro da estrutura da SSP.

A perita-geral Rosana Coutinho explicou que a máquina responsável pela análise do exame residuográfico, que faz parte do conjunto de provas da investigação, apresentou defeito técnico, mas já está passando por manutenção especializada para concluir a avaliação. O equipamento é importado e de tecnologia avançada, e só pode ser reparado pela própria fabricante. Mas a SSP assegurou aos familiares que todas as provas estão preservadas e que não haverá qualquer prejuízo ao processo.

A reunião foi solicitada pelo deputado federal Paulão (PT), que também participou do encontro, junto aos  pais de Gabriel, Cícero Bezerra e Fernanda Ferreira; a tia, Flávia Ferreira; e a vice-prefeita de Palmeira dos Índios, Sheila Duarte.

O caso

Gabriel Lincoln foi baleado durante uma ação da Polícia Militar (PM) no bairro Vila Maria, em Palmeira dos Índios, no dia 3 de maio. Segundo relatos iniciais, ele teria sido atingido por um disparo efetuado por agentes durante a perseguição.

A família nega que ele estivesse armado e acusa os policiais de uso excessivo da força. Por sua vez, segundo a versão da PM, o adolescente estaria "empinando" a motocicleta e avançou um sinal vermelho, momento em que foi dado ordem de parada. Ele não teria obedecido e, ainda de acordo com os policiais, disparou contra a guarnição.

No dia 15 de julho a Polícia Civil realizou a reprodução simulada da morte de Gabriel e segue investigando o caso.

*com informações da SSP