A primeira responsabilidade de um Estado sério é proteger seus cidadãos. Essa é uma ideia central da tradição conservadora, resgatada desde os tempos de Thomas Hobbes, que afirmava: sem segurança, não há civilização, lei ou liberdade possível. Em um mundo tomado pela violência e pelo medo, a autoridade legítima se faz não apenas necessária — ela é moralmente exigida.
Foi exatamente esse princípio que o jovem presidente de El Salvador, Nayib Bukele, colocou em prática ao enfrentar o verdadeiro estado de guerra imposto por gangues que dominaram seu país por décadas. Com firmeza e coragem política, Bukele restaurou o básico: o direito de viver, sair às ruas, trabalhar e criar filhos em paz.
Durante anos, El Salvador viveu sob o terror das maras (gangues armadas), que extorquiam comerciantes, controlavam bairros inteiros e assassinavam impunemente. Nesse contexto, discursos vazios sobre “causas sociais da criminalidade” apenas serviram de desculpa para a inércia estatal e o abandono dos mais pobres. Bukele rompeu com essa mentalidade permissiva e partiu para a ação concreta: enfrentou os criminosos como criminosos, e não como vítimas do sistema.
A partir de 2022, decretou estado de exceção, endureceu leis, reformou o sistema penal e construiu prisões adequadas à gravidade dos crimes cometidos. Em pouco mais de dois anos, transformou um dos países mais violentos do mundo em um dos mais seguros do hemisfério ocidental. As ruas voltaram a ser do povo honesto, e não dos bandidos. A resposta da população foi imediata: mais de 80% de aprovação, mesmo diante das críticas da imprensa internacional e de ONGs que, muitas vezes, parecem mais preocupadas com os direitos dos criminosos do que com a vida das vítimas.
Essa postura se alinha com Hobbes, que entendia o Estado como guardião da vida e da ordem. A liberdade não é possível em um ambiente onde reina o medo, e não se constrói cidadania sobre o caos. Bukele compreendeu isso com clareza: não há democracia funcional onde o crime governa no lugar da lei.
Críticos falam em autoritarismo, mas ignoram um ponto fundamental: Bukele não governa contra o povo, mas em seu favor. Não violou liberdades arbitrariamente — limitou, de forma temporária e proporcional, certos direitos para proteger um bem maior: a vida da maioria. Isso é o que se espera de um estadista verdadeiro: coragem para decidir, mesmo sob pressão, e disposição para priorizar o que é certo — não o que é popular entre as cúpulas ideológicas que só visam a próxima eleição.
El Salvador é hoje um exemplo de que a autoridade legítima, quando firmemente exercida, pode restaurar a ordem sem pedir licença à covardia institucional. Bukele mostrou que o caminho não está em relativizar o crime — como acontece no Brasil — mas em combatê-lo com determinação e respeito pela maioria silenciosa que trabalha, estuda e quer viver cordialmente em sociedade.
O Estado não existe para ser um espetáculo de garantias jurídicas abstratas — ele existe para proteger a vida, a propriedade e a moral pública. Bukele compreendeu essa verdade conservadora e demonstrou que a verdadeira liberdade nasce da ordem, não do caos deliberado, tão conveniente para certos projetos de poder que se perpetuam sobre uma população subjugada e amedrontada.