A 3ª sargento da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Carla Poliana Crespo Santos, foi expulsa da corporação pelo comandante-geral após ser condenada pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e corrupção passiva. A decisão foi publicada na última segunda-feira (11).

Em resposta ao CadaMinuto, a PM informou que o Conselho de Disciplina, responsável por avaliar a permanência da militar na corporação, determinou sua exclusão por conduta incompatível com a função que exercia.

A mesma sentença que condenou Carla Poliana absolveu o primeiro-tenente Wescley Canuto, também acusado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) e que chegou a ser preso durante a operação. O julgamento foi conduzido por juízes da 17ª Vara Criminal da Capital.

A decisão tem como base a Operação Rastro, deflagrada em 2022 pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL), que apontou a participação da militar em uma organização criminosa. A ação tinha como objetivo desmantelar um grupo atuante no bairro Canaã, em Maceió, responsável pelo tráfico de drogas e pela venda ilegal de armas de fogo na região.

Durante a operação, foram apreendidos na residência de Carla Poliana 45 comprimidos de ecstasy e duas pistolas Taurus, uma calibre 9mm e outra calibre .380.

Também foram encontrados carregadores de pistolas: dois de calibre 9mm com 17 e 16 munições, e dois de calibre .380 com 19 e 15 munições, respectivamente.

Entre as munições intactas estavam duas CBC calibre 12, oito calibre .38, três calibre .380, uma calibre .40, uma calibre .22 e duas calibre .32.

Além disso, foram apreendidas 165 munições calibre 9mm intactas, 10 munições calibre 9mm deflagradas e uma munição calibre .38 deflagrada.

Confira a nota da Polícia Militar na íntegra: 

“A Polícia Militar esclarece que o Conselho de Disciplina instaurado para analisar a condição de permanência da investigada decidiu pela exclusão da policial, por conduta incompatível com a função que exercia.

A medida administrativa foi corroborada pelo Comando da Instituição e publicada no Boletim Geral Ostensivo do dia 11 de agosto. A decisão tem como base uma operação deflagrada em 2022, que indicou a participação da militar em uma organização criminosa.

A Corporação, por meio de seu comandante-geral, coronel Paulo Amorim, reitera que não compactua com desvios de conduta por parte de seus agentes, aplicando, com o rigor da lei, as punições às ilicitudes comprovadas”