Em uma cena que desafia estereótipos sobre envelhecimento e vitalidade, o time master de handebol formado por mulheres acima dos 60 anos protagonizou um espetáculo de superação e técnica ao enfrentar adolescentes com menos de 20 anos. O jogo, realizado na noite desta terça-feira (12/08) no Ginásio do Colégio Padrão, emocionou o público e virou símbolo de como escolhas de vida podem redefinir a longevidade.
Destaque entre as atletas, Nourivânia Silva, 62 anos, atuou como ponta e pivô com vigor surpreendente: correu a quadra inteira, marcou, atacou e fez gols com precisão, equiparando-se ao ritmo das adversárias cinco décadas mais jovens. "Ela joga como se tivesse 20 anos", testemunha seu companheiro, que acompanhava a partida. "É a prova viva de que paixão pelo esporte não tem idade".
O time master não apenas competiu de igual para igual, mas demonstrou excelência técnica e resistência física em um esporte de alto impacto como o handebol. Suas jogadas refinadas e espírito combativo renderam aplausos da plateia, que viu nas atletas um manifesto de envelhecimento ativo e qualidade de vida.
Além da partida em si, o grupo representa um legado inspirador. Elas mostram que a prática esportiva iniciada na juventude pavimenta uma trajetória de vitalidade. Daqui a 40 anos, muitas das adolescentes que hoje as enfrentam sonharão em ter sua energia e alegria", reflete o acompanhante de Nourivânia.
A cena também ressalta o papel social do esporte como ferramenta de inclusão etária e quebra de preconceitos. "Não se trata apenas de competir; é sobre reescrever narrativas", completa.