Nas primeiras horas desta quarta-feira (13), foi deflagrada a Operação LUX, que cumpre 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Maceió e Pilar. Ao todo, 12 pessoas físicas e 14 pessoas jurídicas são investigadas sob suspeita de terem emitido milhares de notas fiscais ideologicamente falsas, movimentando valores que podem chegar a R$ 150 milhões.
A operação, autorizada pela 17ª Vara Criminal da Capital, especializada no combate ao crime organizado, mira 26 pessoas físicas e empresas suspeitas de integrarem um esquema complexo de crimes tributários e lavagem de bens. Segundo as investigações, a emissão de tais notas fiscais parte de um grupo econômico de empresas sediado em Alagoas, que, conforme apuração em andamento da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AL), pode ter movimentando cifras milionárias.
A operação é coordenada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf). De acordo com o Gaesf, as práticas em apuração comprometem não apenas a arrecadação de tributos, mas também a concorrência leal no mercado, prejudicando empresas que atuam dentro da legalidade e impactando diretamente políticas públicas voltadas à população mais vulnerável.

Metodologia Investigativa
As investigações realizadas na Operação LUX utilizam uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a análise de documentos fiscais, cruzamento de dados e identificação de redes de empresas que atuam em conluio para, supostamente, fraudar o sistema tributário. O trabalho, coordenado pelo Gaesf, teve também a colaboração da Sefaz/AL, da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), das Polícias Civil e Militar, da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Polícia Científica. que se uniram para reunir evidências robustas que sustentem as futuras ações judiciais necessárias ao combate das fraudes perpetradas.
“A Operação LUX é um exemplo do compromisso do Ministério Público do Estado de Alagoas em combater práticas ilícitas que minam a integridade do sistema econômico brasileiro. Através da identificação e responsabilização dos possíveis envolvidos nas falsidades ideológicas, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro, busca-se não apenas reparar os danos causados ao erário, mas também promover uma cultura de conformidade tributária e ética empresarial. A continuidade dessas operações é essencial para fortalecer o estado de direito e assegurar um ambiente econômico mais justo e transparente”, afirmou o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf.
LUX
O nome “LUX” vem do latim lūx, lūcis, que significa “luz”, simbolizando o objetivo de esclarecer e expor atividades ilícitas que afetam a integridade do sistema econômico.
*Com Ascom MPAL