As ruas de Canterbury se tornaram o cenário de uma jornada que transformou o aprendizado em aventura. Longe de Alagoas, 20 dos 100 jovens da rede estadual de ensino que fazem parte do programa Daqui pro mundo iniciaram na terça-feira (12) um capítulo inesquecível de suas vidas. Esta é uma iniciativa que abre as portas do intercâmbio e, de quebra, do futuro.
Pela manhã, a rotina foi de aulas intensas e uma imersão total na cultura da escola. Eles estão estudando na Stafford House, uma instituição com um histórico robusto. Fundada em 1952, a escola tem suas raízes em Londres e se mudou para Canterbury, uma cidade vibrante e rica em história. A jornada de aprendizado, no entanto, começou muito antes de eles chegarem à sala de aula.

A professora Ariane Ferreira, que acompanha o grupo em Canterbury, descreveu sua visão sobre o primeiro dia. "A gente chegou hoje aqui na escola, nós fomos recebidos pela equipe de assistência aos estudantes. Fizemos o nivelamento, todos os alunos foram bem recebidos em suas casas, todos foram muito bem recebidos aqui na escola. Nós fomos colocados em várias turmas diferentes, cada uma adequadamente ao seu nível de inglês. Surpreendentemente, nós fomos muito elogiados pelo nosso nível e os alunos estão em ótimas salas", disse a professora.
O relato de Ariane reforçou ainda a qualidade do programa e a metodologia de ensino. "Como professora, eu avalio que a metodologia é muito comunicativa, a gente tem chegado o tempo todo a estar realmente emergido e falando em inglês. Até agora a sensação está maravilhosa, eles estão falando, conversando com os outros estudantes. Nós temos também algumas opções de atividades extra-classe, como esportes, e a gente vai começar a se inteirar dessas atividades para participar também", completou.

A voz dos estudantes: vivência e aprendizado
A empolgação com a experiência também é palpável nos relatos dos alunos. João Miguel, de 16 anos, do município de Inhapi, detalhou o início da jornada. “Estou aqui na Stafford House, em Canterbury, e estou muito feliz por estar aqui. Comecei o dia às sete da manhã, tomei meu banho e fui pegar o ônibus. O ônibus passava às sete e quarenta. Daí a gente veio aqui para a escola, fizemos um teste de nível, de inglês, e aí a gente foi para nossas aulas, e aí a gente conhece o nosso professor e alguns outros alunos que também são intercambistas. Eles são de outros países, tem um menino que é chinês, tem pessoas da Turquia, então está sendo incrível", contou o estudante.

A perspectiva de Giovana Duarte,17, de Teotônio Vilela, reforça a animação. “A gente já chegou, a gente teve um tour pela escola, e conheceu os outros andares. Conhecemos os outros professores, os outros mentores também. A gente conheceu as regras, teve o nosso teste de nível que foi um teste simples para se apresentar. Gostei muito e agora a gente vai para o almoço para depois voltar para ter aula", disse Giovana.
História viva e novas perspectivas
O aprendizado real veio depois das aulas, no inesquecível walking tour pela cidade. Os alunos fizeram visitas a diversos pontos turísticos para conhecer a história e a cultura local, mas foi a imponente Catedral de Canterbury que mais impressionou. Cada esquina, cada lenda contada, cada monumento histórico visitado se tornou uma lição de vida. Os alunos, antes restritos aos livros, agora têm o mundo como laboratório e o inglês como ferramenta para desvendá-lo.

Para Matheus Costa, 17, de Arapiraca, o intercâmbio é mais do que uma viagem, é um divisor de águas. "Gente, estou muito feliz com esse intercâmbio, está sendo um momento inesquecível. Estou aprendendo sobre toda a cultura daqui de Canterbury e da Inglaterra em si. Essa viagem que o governo me deu é simplesmente incrível. Eu sei que é uma oportunidade muito grande para a minha vida. Isso vai abrir portas. Meu inglês está ficando muito melhor nesses últimos dois dias que eu acabei treinando. E realmente eu consigo ver muitas portas se abrindo no meu futuro, muita coisa se abrindo na minha cabeça para que eu possa conhecer realmente o mundo e que o mundo me conheça", relata Matheus.