Movimentos sociais que acompanham a situação da subsidência em Maceió, como o Movimento Unido das Vítimas da Braskem (MUVB) e o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), ressaltam a importância do relatório técnico-científico independente para dar visibilidade a um problema que atinge milhares de moradores da capital alagoana.

A apresentação pública do relatório ocorre na manhã desta sexta-feira (8), no auditório do CESMAC, no bairro do Farol, em Maceió, com a presença dos pesquisadores responsáveis, autoridades, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil.

A professora Neirevani Nunes, do MAM, afirmou que o estudo, elaborado por especialistas nacionais e internacionais renomados, supera o trabalho anterior realizado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) em 2019. 

“Esse relatório traz clareza para um problema que tem sido subdimensionado há anos, tanto em relação à área afetada quanto às pessoas atingidas”, destacou.

O relatório foi produzido por uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), University of Leipzig, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Leibniz University Hannover, e um especialista do GFZ – Helmholtz Centre for Geosciences. 

A pesquisa foi iniciada em fevereiro de 2025, por iniciativa do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, que também solicitou dados oficiais da Defesa Civil de Maceió para a análise.

O integrante do MUVB, Jackson Douglas, destacou a esperança gerada pelo caráter independente do estudo. “Esse relatório não é financiado pela Braskem, o que nos dá uma grande expectativa de que ele mostrará a verdade escondida sobre os afetados e a área impactada. Esperamos que a partir disso haja uma solução definitiva para esse problema”, afirmou.

 

*Estagiária sob supervisão da editoria