Os dados mais recentes do relatório do Comitê de Acompanhamento Técnico, responsável por vistoriar áreas adjacentes ao Mapa de Linhas de Ações Prioritárias — região afetada pelas atividades da Braskem — indicam que, no período de um ano, não foi registrada velocidade de movimentação do solo acima de 5 mm/ano na Vila Saem, localizada no bairro do Pinheiro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30).
De acordo com a Defesa Civil de Maceió, a Vila Saem integra a área de monitoramento 01 do Mapa, o que significa que, no momento da inclusão, apresentava movimentações superiores a 5 mm/ano. No entanto, os dados analisados entre junho de 2024 e junho de 2025 apontam para uma redução significativa nessa velocidade, indicando que a área tende a não atender mais aos critérios que justificam sua permanência como zona de criticidade 01 — cuja referência é o movimento superior a 5 mm/ano.
“As análises são referentes ao período de um ano, mas para que decisões sejam tomadas em relação a essa região, é necessário um acompanhamento por mais tempo, para verificar se a estabilidade se mantém”, explicou Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió e também coordenador do Comitê de Acompanhamento Técnico.
As áreas adjacentes ao Mapa de Linhas de Ações Prioritárias são monitoradas diariamente com equipamentos capazes de medir deslocamentos do solo na casa dos milímetros. Além disso, a cada seis meses, técnicos do Comitê realizam vistorias presenciais para complementar os dados obtidos remotamente. As informações dos sensores são cruzadas com dados de campo e alimentam as análises da Defesa Civil, que, com base nisso, decide sobre possíveis alterações no Mapa — como ampliação ou regressão de áreas sob monitoramento.
“Esses dados nos mostram uma tendência de diminuição das movimentações de solo, o que nos permite ter um bom vislumbre do futuro. As minas de exploração de salgema estão sendo tamponadas para esse fim, e esperamos que, em breve, tenhamos prognósticos semelhantes em outras áreas acompanhadas”, acrescentou Abelardo Nobre.
Apesar do resultado positivo, o coordenador reforça que o Mapa de Linhas de Ações Prioritárias ainda não será alterado neste momento. A área continuará sob acompanhamento contínuo e, caso a estabilidade persista, medidas adequadas poderão ser adotadas.
O relatório completo pode ser acessado no site oficial do Comitê Técnico: ctmaceio.com.br.
*Com Ascom Defesa Civil Maceió