Vários políticos alagoanos repercutiram, na tarde desta quarta-feira (30), as decisões do presidente americano Donald Trump de sobretaxar produtos brasileiros em 50% (com exceção de uma lista de produtos, que incluem combustíveis, suco de laranja e aeronaves) e de aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O deputado estadual Ronaldo Medeiros, presidente eleito do PT Alagoas, usou sua conta no X (antigo Twitter), para pontuar que, apesar da imposição de tarifas abusivas de 50% sobre produtos brasileiros, houve recuo em pontos importantes, isentando setores como aviação, energia e agropecuária.
“Isso mostra que a pressão internacional e a resistência do Brasil fizeram Trump ceder parcialmente. Mas não podemos baixar a guarda, a medida ainda é um ataque ao nosso comércio e à nossa soberania. O recuo de Trump também sinaliza que há espaço para negociação e o governo do presidente @LulaOficiala fará de forma soberana, sem abrir mão de dos interesses do Brasil e do brasileiros”.

Apontando a "anormalidade institucional" que o país atravessa, o deputado federal Alfredo Gaspar (União) defendeu que os brasileiros não merecem retaliação dos EUA.
"A sanção deve recair tão somente em relação àqueles que estão envergonhando o Brasil perante o mundo e desrespeitando os limites da Constituição. Esses são conhecidos e agem como ditadores, donos exclusivos da verdade e da Lei. Merecem cadeia!", afirmou, acrescentando que, no caso da Magnitsky, Alexandre de Moraes "fez por onde".
O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) disse, em vídeo divulgado no Instagram, que “a maior e mais antiga democracia do mundo reconheceu todos os crimes cometidos por Alexandre de Moraes contra o judiciário, a democracia e as pessoas do Brasil. Agora só faltam duas coisas: o impeachment do Moraes e do Lula para o Brasil ser livre”.
Também por meio das redes sociais, o senador Renan Calheiros (MDB) prestou solidariedade a Moraes e destacou ser inaceitável que um governo externo pretenda interferir em processos judiciais no Brasil, "em uma tentativa inútil e desproporcional de barrar punições em nosso sistema jurídico".
O ex-deputado estadual Davi Davino Filho disse que, enquanto o Governo Federal se curva, o STF manda e grande parte do Congresso se omite, os EUA - com a taxação de 50% - colocam em risco o agro e a indústria brasileira: "Se não reagirmos agora, todos pagaremos a conta da covardia e da submissão.".
"Quem semeia o mal, colhe o mal", destacou o vereador por Maceió, Leonardo Dias, ao falar sobre a sanção contra o ministro: "Depois de inúmeras violações de direitos humanos, com prisões arbitrárias de idosos e portadores de doenças crônicas, sem uma dosimetria justa e passando por cima de inúmeras jurisprudências, o preço dos excessos chegou para Moraes. A jabuticaba de Lula não deu certo".
Já a vereadora Teca Nelma classificou a taxação de ataque à nossa economia e interferência de um país estrangeiro sobre os rumos políticos e institucionais do Brasil. "Isso é um retrocesso inadmissível... A soberania do Brasil não está à venda e nem deve ser submetida à vontade de líderes estrangeiros", escreveu no X, antigo Twitter.

