Em depoimento à polícia, após ser preso nesta sexta-feira (25), no Mato Grosso do Sul, o segundo suspeito envolvido na morte do empresário José Roberto Portela confessou o crime, mas negou ter escrito a frase com sangue, supostamente da vítima, em um armário.

O segundo suspeito preso também afirmou que o crime foi motivado por uma dívida relacionada a uma obra na casa de José Roberto. O homem disse que cobrou a dívida referente a serviços que ele realizou, mas houve um desentendimento e o homicídio aconteceu.

José Roberto Portela, 61 anos, foi encontrado morto dentro de casa, sobre uma poça de sangue e com um fio de antena enrolado no pescoço, em abril deste ano, em São Miguel dos Campos, interior de Alagoas. A vítima tinha uma pousada na cidade.

Na época, um homem foi preso em flagrante, suspeito de participação no crime. Ele esteve com o empresário na noite do assassinato e mentiu durante o interrogatório. O segundo suspeito estava foragido desde então.

No local do crime, uma mensagem escrita com sangue, supostamente da vítima, chamou a atenção da polícia. A frase dizia: “Estuprador. Ele abusou de mim” e estava escrita na porta de um armário.

Diante da negativa do segundo preso envolvido na morte do empresário de ser o autor da frase, caberá a polícia descobrir quem a escreveu.

Ainda no depoimento, o homem confessou ter matado o empresário durante a discussão. Ele afirmou que esfaqueou a vítima e a enforcou com o fio de uma antena.

O suspeito fugiu após o crime, mas as investigações apontaram que ele teria ido para o Mato Grosso do Sul, onde ele foi preso, nesta sexta-feira (25), em uma operação conjunta com a Delegacia de Brasilândia, que o localizou e o prendeu.

Entenda o caso:

O empresário José Roberto Portela, de 61 anos, foi encontrado morto dentro de uma residência na Rua Sizenando Amorim, no Centro de São Miguel dos Campos. O homem foi encontrado sobre uma poça de sangue, com perfurações de arma branca e um fio de antena enrolado no pescoço. Também havia pegadas ensanguentadas no local e a frase "Estuprador. Ele abusou de mim", possivelmente escrita com o sangue da vítima, no armário da cozinha.

Segundo relatos, um dos funcionários do empresário foi até sua casa para buscá-lo para trabalhar. Ao chegar, encontrou a porta trancada e, estranhando a situação, tentou entrar em contato com Portela. Sem obter resposta, decidiu verificar o interior da residência e se deparou com a cena do crime.

A testemunha relatou que havia uma grande quantidade de sangue ao redor do corpo da vítima.