Com quase um mês em greve, professores e funcionários da rede estadual de educação de Alagoas intensificam a mobilização por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Na manhã desta quinta-feira (24), a categoria realizou um protesto na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), enquanto aguarda uma reunião no Tribunal de Justiça para avançar nas negociações com o governo Paulo Dantas.
Desde o dia 1º de julho, quando foi iniciada a paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) mantém firme a cobrança por um reajuste de 10% e por avanços em outros 20 pontos da pauta, que incluem melhorias na infraestrutura das escolas e a valorização dos profissionais da educação.
Em assembleia realizada na última terça-feira (22), a categoria reafirmou a continuidade da greve, mesmo diante da tentativa do governo de judicializar o movimento e das pressões sofridas por trabalhadores contratados.
O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, criticou a postura do governo e destacou que a greve é a única forma de garantir direitos. Não adianta tentar descredibilizar a luta da classe trabalhadora. As escolas estão abertas, mas sem os profissionais, o ensino não funciona. Estamos recebendo denúncias de pressão e ameaça, e continuamos mobilizando em todo o estado.”
Ribeiro também informou avanços pontuais conquistados durante a mobilização, como a publicação de mudanças no plano de cargos e a promessa de reajuste do vale-alimentação e atualização do programa Difícil Acesso.
A vice-presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, explicou que o protesto na Sefaz tem como objetivo pressionar a secretária Renata Santos a liberar os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Já mostramos que o dinheiro existe. Agora, a Fazenda precisa admitir que é prioridade valorizar a educação.”
A mobilização segue com atividades diárias nas escolas e nova assembleia marcada para o dia 29 de julho, quando será avaliada a continuidade do movimento.