Um homem, vítima de um golpe aplicado por uma mãe e sua filha em Maceió, relatou os prejuízos e traumas sofridos durante a negociação de venda de um apartamento. As suspeitas foram presas na segunda-feira (21), no bairro da Mangabeiras. Segundo a polícia, a dupla é acusada de simular a compra de imóveis mobiliados e revendê-los como se fossem as verdadeiras proprietárias.
O contato com as suspeitas começou por meio de um anúncio na internet. Elas demonstraram interesse no imóvel e combinaram um pagamento parcelado, dando R$ 30 mil de entrada. “Elas chegaram, gostaram do apartamento, disseram que era exatamente o que queriam. Combinaram um pagamento parcelado e deram R$ 30 mil de entrada”, contou a vítima em entrevista à TV Pajuçara.
O valor restante deveria ser quitado em até 90 dias, mas o prazo venceu sem que o pagamento fosse concluído. Em vez disso, as mulheres passaram a pressionar o homem com cobranças e atitudes suspeitas. O golpe só foi descoberto após um vizinho alertar que as golpistas estavam retirando os móveis do local. “Foi quando um morador aqui do condomínio me informou que elas estavam tirando as minhas coisas do apartamento”, afirmou.
A fraude ficou ainda mais evidente quando outra mulher procurou a Central de Flagrantes, no Tabuleiro do Martins, e afirmou que também havia comprado o mesmo imóvel. Ela contou que pagou R$ 50 mil de entrada e que as acusadas prometeram financiar o restante.
Esquema de estelionato
As suspeitas, de 49 e 23 anos, já são conhecidas da polícia e acumulam mais de 40 boletins de ocorrência por estelionato, além de responderem a quatro inquéritos e oito processos judiciais.
Segundo a investigação, mãe e filha simulavam interesse na compra de imóveis mobiliados anunciados na internet, faziam um pagamento simbólico como entrada e, após tomarem posse, revendiam os imóveis como se fossem as donas legítimas. Antes de desaparecerem, retiravam todos os móveis e objetos do local.
O delegado Dalberth Pinheiro, responsável pelo caso, informou que nove vítimas já foram ouvidas e que o inquérito está em fase final. “O inquérito está para ser concluído para que seja remetido ao Poder Judiciário, adoção das medidas pertinentes e também para tentar recuperar os prejuízos das vítimas", afirmou.
A prisão em flagrante foi feita com apoio da ROTAM da Polícia Militar e as mulheres foram levadas para a Central de Flagrantes.