O Ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, disse na última sexta-feira (11) que deseja ampliar o Programa Pé de Meia para todos os estudantes matriculados no ensino médio da escola pública. A declaração foi feita durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil 2024.
Atualmente, o programa é destinado àqueles cuja família recebe o Bolsa Família ou que estão inscritos no CadÚnico. Para que a ampliação aconteça, o MEC precisa de mais 5 bilhões de reais no orçamento.
Em janeiro de 2025, o Programa Pé de Meia teve seus recursos bloqueados pelo Tribunal de Contas da União. Segundo entendimento da corte, a forma como o programa está desenhado opera fora do orçamento da União, desrespeitando as regras fiscais. Ainda que respeitasse tais regras, este programa está longe de ser educativo.
Eu, que nasci na favela do Jardim Alagoas — hoje um bairro devastado pelo desastre ambiental provocado pela Braskem — estudei toda a minha vida em escolas públicas e, posteriormente, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Sei muito bem que o que motiva o aluno a estudar e buscar a ascensão social não é o dinheiro dado pelo Estado, mas sim os valores familiares, os princípios e a busca por uma cultura elevada.
A esquerda é assim: acha que resolve todos os problemas do mundo distribuindo o dinheiro do pagador de impostos. O resultado é sempre o mesmo em todo o mundo — um país quebrado, imerso na criminalidade, miséria e cidadãos dependentes da esmola estatal.
Com a mesma lógica age a Universidade Federal de Alagoas, que divulgou um edital para auxílio na aquisição de óculos para estudantes que estão inscritos no CadÚnico do Governo Federal ou que apresentem índice de vulnerabilidade econômica. Serão 250 alunos contemplados com R$ 600 para a compra dos óculos. O investimento será de R$ 150 mil.
O curioso é que o reitor declarou, há alguns meses, que a UFAL estava à beira de fechar as portas por falta de recursos. Acredito que 150 mil reais dariam para iluminar ao menos uma rua do Campus, que, durante a noite, se torna um lugar sinistro e perigoso — especialmente para as mulheres, que correm o risco de serem estupradas naqueles matagais. Com luz, todos os estudantes enxergariam melhor, inclusive os que precisam de óculos.
Além do mais, na UFAL existe bolsa para tudo quanto é gosto: bolsa para estudantes em vulnerabilidade, bolsa para estudantes de licenciatura, bolsa para monitores, participantes do PIBID, PIBIC e tantos outros programas. Tinham mesmo que inventar um auxílio óculos.
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EM ALAGOAS, 69 CAVALOS MORREM POR INTOXICAÇÃO ALIMENTAR; CONTROLE FALHOU OU NÃO HÁ CONTROLE?
Distribuídos pelo Brasil, 245 cavalos morreram após consumirem ração produzida pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Em Alagoas, foram 69 cavalos — entre eles, um avaliado em R$ 12 milhões. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
O que mais me intriga nessa questão é que, em um processo de industrialização — especialmente de alimentos — há Pontos Críticos de Controle. Entre eles, o controle químico. Se existe uma substância tão letal como a monocrotalina, deveria haver ponto de controle e rastreio desse tipo de substância.
IMPÉRIO DA IMPUNIDADE: MOTORISTA SEQUESTRADO E QUEIMADO VIVO, EM MACEIÓ
No último sábado (12), um motorista de aplicativo foi cercado por bandidos, sequestrado e levado para um canavial. Lá, os criminosos atearam fogo no carro com o motorista dentro. Felizmente, o homem sobreviveu.
Tamanha barbaridade só acontece em países onde a impunidade impera. O bandido tem tanta certeza de que não será punido — ou que, se punido, a pena será bem menor do que o dano que ele causou — que se sente à vontade para agir.
Atear fogo em um carro com um homem dentro é realmente coisa de gente maligna, sem nenhuma referência de civilidade.