O audiovisual brasileiro ganha protagonismo mundial dia a dia. Longas, curtas, médias metragens, documentários chegam as telas de vários países, arrebatam premiações em festivais e conquistam olhares e corações dentro do nosso próprio País, o que é extremamente importante para expansão e fortalecimento do segmento.
O audiovisual alagoano está inserido dentro desse contexto de evolução e ebulição. Nos últimos anos, vários filmes produzidos no Estado passaram frequentar de maneira assídua mostras nacionais, internacionais e muitos voltaram para casa trazendo na bagagem premiações e novas perspectivas de desenvolvimento de projetos e produções.
E essa nova e instigante fase não nasceu do nada. É o resultado da perseverança, ousadia e criatividade de apaixonados pela sétima arte. São artistas, técnicos, produtores e empreendedores sociais que colocam em prática projetos e sonhos potentes, capazes de transformar realidades e dar lugar de fala para uma população que até bem pouco tempo não tinha acesso à informação e atividades de formação.
Em Maceió uma das referências é o Mirante Cineclube. Com menos de dez anos de existência, e com sede no bairro do Jacintinho (Maceió), o Mirante vem realizando projetos inéditos, transformadores e fundamentais que amplificam e democratizam o acesso da população a produções independentes e ampliam a reflexão do fazer cinematográfico.
Quilombo Jovem - E a programação 2025 já está em andamento com a realização da primeira fase da Mostra Quilombo Jovem, um braço da Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena, que este ano chega a sua 6ª edição. Na sua programação constam exibição de filmes, oficinas, imersões, palestras, mesa de debates, seminários, itinerância, exposições, performances, shows.
Nas últimas 5 edições a Mostra exibiu filmes de Alagoas, Sergipe, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, Mato Grosso, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Nessa primeira da fase da Mostra em 2025 são oferecidas as oficinas formativas: “Narrativas do Cinema Negro” e “Fotografia com celular” - destinadas a estudantes do ensino médio de escolas públicas de Maceió e de Viçosa.
“A Quilombo Jovem é mais uma iniciativa do Mirante para expandir a formação de público e levar o cinema negro e indígena para outros espaços. As escolas são esse ambiente de formação, mas também podem promover debates muito ricos com relação a produção de cinema e também da realidade dos adolescentes enquanto público. Além da Oficina de fotografia, que pode introduzir a produção de suas próprias imagens com mais qualidade técnica. Acreditamos que realizar estas atividades em Viçosa e em Maceió pode ser uma oportunidade incrível de trocar figurinha com essa galera e todo mundo vai ganhar!” comenta, Maysa Reis, uma das integrantes do Mirante Cineclube.
Nessas oficinas, os estudantes participam de duas atividades: no primeiro dia, membros do Mirante Cineclube, coletivo responsável pela mostra, promovem uma atividade coletiva e interativa, na qual os alunos podem conhecer, assistir e conversar sobre as formas de contar histórias através do cinema realizado por pessoas negras, identificando na arte sua própria realidade e ampliando formas de perceber o mundo. Já no segundo dia, os jovens descobrirão formas de exercitar o olhar de forma única, através da oficina de fotografia com o celular, aprendendo novos recursos e maneiras de registrar imagens.
As atividades acontecem agora no mês de julho, e em agosto (19 e 20) os alunos das escolas participantes terão acesso gratuito à programação da Mostra no Centro Cultural Arte Pajuçara, onde haverá, inclusive, uma exposição com fotografias resultantes das oficinas.
A Mostra Quilombo Jovem tem como propósito a valorização e o reconhecimento do cinema negro e indígena, além de promover a formação, o descobrimento de talentos e a valorização do fazer próprio, necessário para a autoestima e a afirmação dos estudantes.
Em quais escolas onde acontecem as oficinas?
02 e 03 de julho - quarta e quinta - Escola Diegues Júnior - Viçosa
10 e 11 de julho - Escola Benedito de Moraes - Ponta da Terra
16 e 17 de julho - quarta e quinta - Escola Aurelina Palmeira - Vergel
Quem ministrará as oficinas?
Narrativas do Cinema Negro Brasileiro: Mirante Cineclube
Fotografia com Celular: Roger Silva
Carga horárias das oficinas:
4 horas
