O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, referência no tratamento de pessoas feridas por traumas, atendeu, nos primeiros seis meses deste ano, 2.762 vítimas de acidentes de trânsito. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de pouco mais de 5%, com 2.612 atendimentos.

Do número total das vítimas, 1.241 se feriram em colisões, 1.120 em acidentes de moto, 187 em atropelamentos, 154 em acidentes envolvendo ciclistas e 60 em capotamentos. Nos mesmos seis meses, em 2024, houve 1.174 vítimas de colisões, 1.005 de acidentes de moto, 227 de atropelamentos, 140 de acidentes com ciclistas e 66 de capotamentos. No ano de 2024, foram realizados um total de 5.524 atendimentos a feridos em acidentes de trânsito e, no ano anterior, 5.435.

“Vale lembrar que todos os casos são consequências da falha humana: do motorista, quando se distrai na direção, excede o limite de velocidade, ignora a sinalização, esquece de ligar a seta, realiza ultrapassagens perigosas, dirige com sono ou muito cansado e consome bebidas alcoólicas ou drogas; no caso do proprietário do veículo, quando não mantém a manutenção em dia; e do administrador da via, quando não elimina buracos e sinaliza locais de perigo, por exemplo”, destacou o médico ortopedista Delane Eduardo. Além disso, ressaltou também a questão do clima, que gera fatores que dificultam o controle do carro, como a chuva e a neblina.

“Me vi todo quebrado”

O comerciante Pedro Henrique Ribeira, de 36 anos, foi uma das vítimas atendidas pelo HGE após sofrer fraturas de clavícula e tíbia distal direita em um acidente de trânsito. Pedro estava saindo de um posto de combustíveis na BR-316 quando colidiu com uma moto em alta velocidade. O acidente foi registrado em Atalaia, cidade onde mora. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Eu desmaiei. Quando acordei, eu me vi todo quebrado, já sendo atendido pelo Samu. Fui colocado na ambulância e trazido aqui para o HGE. O atendimento foi muito bom. O médico que me operou foi espetacular! O ortopedista Delane é diferenciado. Agora é seguir com as orientações, fazer fisioterapia em casa e resolver as burocracias”, explicou Pedro.

O médico alerta que os acidentes de trânsito representam um risco significativo à saúde pública, pois podem causar mortes, lesões e impactos psicológicos. “É que, além das consequências físicas imediatas, como traumas e fraturas, o susto pode se converter em problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, e sequelas físicas permanentes, que geram mais custos ao sistema de saúde e previdenciário.”

*Com Ascom HGE