Na noite de gala que consagra a simbiose entre beleza, cultura e identidade nacional, a Miss Alagoas Grand 2025, Maria Leide Noia, protagonizou um dos momentos mais emocionantes do desfile de trajes típicos ao representar, com majestade e reverência, a alma da cidade de Ibateguara, localizada na encantadora zona da mata alagoana.
O traje, uma verdadeira obra de arte em forma de vestimenta, foi meticulosamente criado pelo renomado Atelier Ribas Azevedo, e teve como mote principal a exaltação ao Festival do Frio — manifestação cultural emblemática da região — e ao padroeiro São Sebastião, cuja devoção ecoa nas tradições e fé do povo ibateguarense.
Entre fé, bordados e cristais
Com uma composição de couro artesanal bordado, organza vaporosa, rendas francesas de filigrana sutil, e um fulgor precioso conferido por cristais esvairovsk e boreal, o traje evidenciava uma fusão delicada entre rusticidade regional e refinamento internacional. O esplendor da peça se completava com um gesto simbólico e profundamente comovente: Maria Leide adentrou o palco portando a imagem de São Sebastião nas mãos, gesto que silenciou o público e trouxe um ressoar espiritual ao momento.
O impacto visual e emocional do desfile transcendeu a passarela. A imagem do santo, conduzida com firmeza e ternura, evocava a fé popular, os cortejos religiosos e a devoção inquebrantável do povo nordestino, conferindo ao traje uma dimensão litúrgica e quase mística.
Reconhecimento entre os maiores
Em meio a produções de altíssimo nível, dois trajes conquistaram o júri e o coração do público: o da Miss Alagoas, com sua narrativa profundamente enraizada na religiosidade e na cultura serrana, e o da Miss Piauí, igualmente consagrado por sua criatividade e fidelidade às raízes piauienses. Ambos foram laureados como os trajes típicos mais emblemáticos do Miss Grand Brasil 2025, recebendo aclamação unânime e intensa comoção nas redes sociais.
Com altivez e doçura, Maria Leide Noia provou que ser miss é muito mais do que ostentar beleza: é personificar o espírito de um povo, dar voz à tradição e vestir-se com as cores da história.