O homem acusado de matar Thalita Borges de Araújo, em fevereiro de 2023, no bairro Cacimbas, em Arapiraca, vai a júri popular nesta terça-feira (8). Segundo a investigação, ele teria saído com a vítima, que atuava como garota de programa e, após manter relação com ela, cometeu o crime.
De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MPAL), o acusado conheceu Thalita por meio de um site e entrou em contato com ela via WhatsApp para marcar um programa. O valor combinado pelo encontro foi de R$ 250, e o endereço foi informado ao suspeito logo nas primeiras mensagens.
Ainda naquele dia, por volta das 17h30, o homem foi até o local sem avisar previamente. Thalita informou que não poderia atendê-lo naquele momento. Ele retornou cerca de 20 minutos depois, e novamente ela disse que não poderia recebê-lo.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu por volta das 19h20. O MP afirma que o acusado agiu com “elevado animus necandi” (expressão em latim que significa intenção de matar), por motivo fútil e movido por discriminação em razão da atividade exercida pela vítima.
À época, o delegado Everton Gonçalves, da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, afirmou que Thalita foi morta após uma discussão com o suspeito. Segundo ele, o homem teria cometido o crime após se irritar com a demora da vítima em atendê-lo.
“O autor chegou a ir até a residência onde haviam marcado o encontro duas ou três vezes, chamando a vítima e batendo no portão, sem ser atendido, o que gerou irritação. No início da noite, ao ser finalmente recebido por ela, possivelmente houve um desentendimento entre os dois, em decorrência dessa demora”, explicou o delegado.
Thalita Borges de Araújo era natural do Rio Grande do Norte e estava em Arapiraca a trabalho, segundo informações fornecidas por seu irmão. Quatro dias após o crime, o autor se entregou à polícia e confessou o assassinato.