O presidente Lula (PT) registrou em seu perfil no X a visita que fez nesta quinta-feira, 3, à ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em prisão domiciliar após ter sido condenada por corrupção.
Na publicação, o petista afirmou que mantém com “a ex-presidenta” uma amizade que “vai muito além da relação institucional”.
“Visitei hoje a companheira e ex-presidenta Cristina Kirchner em sua residência, em Buenos Aires. Fiquei muito feliz em revê-la e encontrá-la tão bem, com força e gana de luta. Tenho por Cristina uma amizade de muitos anos que vai muito além da relação institucional. Um carinho e afeto de amigos, companheiros de campo político e de ideais de justiça social e combate às desigualdades“, escreveu.
Segundo Lula, “além de prestar solidariedade”, ele desejou “toda a força para seguir lutando”.
O petista afirmou ainda “saber bem o quanto é importante” o “apoio popular” nos momentos “mais difíceis”.
“Além de prestar minha solidariedade a ela por tudo que tem vivido, desejei toda a força para seguir lutando com a mesma firmeza que tem sido a marca de sua trajetória na vida e na política. Pude sentir nas ruas o apoio popular que tem recebido e sei bem o quanto é importante esse reconhecimento nos momentos mais difíceis. Que fique bem e siga firme na sua luta por justiça”, completou Lula.
A visita de Lula foi viabilizada por um pedido da defesa da ex-presidente argentina, que solicitou à Justiça autorização para o encontro enquanto ela cumpre prisão domiciliar.
O apreço do petista por figuras condenadas por corrupção, porém, não se limita a Cristina.
No mês passado, o governo Lula concedeu asilo político à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Corrupção
Em 10 de junho, a Suprema Corte da Argentina confirmou, por unanimidade, a condenação de Cristina Kirchner.
Em novembro de 2024, a Câmara de Cassação havia ratificado a condenação da ex-presidente, considerando comprovada a administração fraudulenta durante seu governo ao favorecer o empresário Lázaro Báez com várias obras públicas na província de Santa Cruz.
O tribunal decidiu que Báez retribuía os benefícios recebidos através de acordos ilícitos envolvendo empresas ligadas à ex-presidente.