Quem conhece o meio sabe que o entorno das lideranças funcionam como as torcidas de futebol: precisam ser estimuladas pela emoção, exclusivamente.
Em sendo assim, nesse meio, “odiar vale mais do que amar”.
O líder precisa, permanentemente, estimular seus seguidores, mesmo os mais oportunistas, com sua carga frequente de ataques aos adversários mais visíveis, e/ou inevitáveis.
É verdade que Lira ataca menos Calheiros do que o contrário, pelo menos publicamente.
Entretanto, assim como seu arqui-inimigo, o ex-presidente da Câmara Federal há de estimular sua turma a atacar Calheiros na mesma medida e intensidade.
É uma questão de sobrevivência – mútua, no caso.
O que ocorrer entre eles nos bastidores, aí só a história há de revelar.
Assim como aconteceu nas eleições de 2010, ao Senado, quando Renan Calheiros e Biu de Lira fizeram uma aliança azeitada para conseguir o que queriam.