O vereador David do Empregos (União Brasil) denunciou mais um caso de descaso com a saúde pública em Alagoas, envolvendo a ausência de ambulâncias para transferências urgentes de pacientes em unidades de pronto atendimento. O parlamentar relatou, com indignação, a situação de um paciente da UPA da Chã da Jaqueira que, mesmo em estado grave, com suspeita de meningite, ficou mais de dez horas aguardando transferência para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT).
Segundo o vereador, a família do paciente entrou em contato com ele às 2h da madrugada, por meio das redes sociais, em busca de socorro diante da ausência de ambulâncias do convênio estadual com a empresa Pró-Saúde. A única alternativa oferecida foi a contratação particular do mesmo serviço, ao custo de R$ 500, o que revoltou o parlamentar.
"Imagine o pai e a mãe de vocês estarem numa UPA há mais de dez horas, necessitando urgentemente de uma transferência, e a ambulância não vir. A empresa que presta serviço ao governo diz que não tem ambulância disponível, mas oferece uma, no mesmo momento, se for paga do próprio bolso. Isso é grave demais", declarou o vereador.
David conseguiu, por meio de articulações, resolver pontualmente a transferência do paciente, mas alertou que a situação se repete todos os dias e pode estar custando vidas.
"Consegui resolver esse caso, mas quantas pessoas estão na mesma situação e não conseguem? Quantas estão morrendo por falta de ambulância? A saúde pública em Alagoas está um caos. O governo não está garantindo o básico", reforçou.
Além da denúncia sobre a ausência de transporte, o vereador também cobrou melhores condições de trabalho para os servidores da saúde e destacou a necessidade de investigação sobre o contrato com a empresa Pró-Saúde, que, segundo ele, não estaria dando conta da demanda do Estado.
"O governo não está pagando o que deveria pagar para suprir essa demanda. Os deputados e órgãos fiscalizadores precisam investigar isso. Não dá para aceitar que o povo continue sendo tratado assim, à mercê da sorte e do dinheiro que muitas vezes não tem", concluiu.