O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, registrou 298 atendimentos no feriadão junino, entre o sábado (21) e a terça-feira (24). Foram assistidos 170 pacientes com casos clínicos, 109 vítimas de acidentes, 12 pessoas agredidas, seis feridos por queimaduras e uma tentativa de suicídio.
No mesmo período, 148 pessoas voltaram para casa, outras 109 foram internadas, 56 pacientes conduzidos ao centro cirúrgico e 15 transferidos para outras unidades.
Entre as 109 vítimas de acidentes, 54 foram por motivações casuais, 50 aconteceram no trânsito (31 de moto, 16 colisões, dois de bicicleta e um atropelamento) e cinco no trabalho.
Já entre as 12 pessoas agredidas, cinco foram por lutas corporais, quatro por arma branca e três por arma de fogo. Todos receberam o primeiro atendimento na emergência e foram encaminhados para os setores especializados ao tratamento dentro do HGE.
Como foi o caso do empresário Elias Severino da Silva, de 40 anos. Ele reside em União dos Palmares e teve quase 20% do corpo queimado quando tentou acender a fogueira do vizinho, usando álcool líquido na véspera do Dia de São João.
Socorrido por amigos, o alagoano foi levado ao Hospital Regional da Mata (HRM), onde recebeu a primeira assistência e foi transferido para o HGE, que possui o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).
“Eu fiquei muito assustada quando a vizinha me ligou e disse que ele estava todo queimado. A nossa família ficou preocupada, somente agora estamos mais calmos. O fogo atingiu o rosto e mais o lado direito dele, em especial o ombro, o dorso e o braço. Esses primeiros dias foram muito dolorosos, mas estamos vendo que o atendimento aqui no HGE está muito bom e acreditamos que, em breve, todo esse susto será superado”, declarou Maria José Nogueira, esposa de Elias.
Referência
O HGE também é referência no tratamento de pessoas com queimaduras de média e alta complexidade. Uma equipe multidisciplinar especializada está 24 horas de plantão no CTQ, podendo estender os atendimentos às portas de entrada se houver necessidade.
Além disso, o Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF) contribui com métodos que agilizam o processo de cicatrização, como a terapia por pressão negativa.
“É importante que as pessoas adotem hábitos preventivos para evitar que a festa termine em tragédia. No caso das queimaduras, atenção principalmente na hora do cozimento, na construção de fogueiras, no manejo para acender a churrasqueira, na queima dos fogos de artifício, principalmente se houver crianças. O melhor é não ter as fogueiras e os fogos, mas entendemos que é uma tradição, então é imprescindível não vacilar”, destacou o coordenador médico Élton Leandro.
