O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) expressou solidariedade aos funcionários do Hospital Veredas, que estão em greve desde 13 de novembro. Em postagem nas redes sociais, a presidente do sindicato, Sílvia Melo, criticou a situação, afirmando que é revoltante a humilhação a que os funcionários são submetidos. 

Segundo ela, negar o direito ao recebimento de salários deveria ser considerado crime inafiançável. Melo destacou ainda que a saúde depende do trabalho em equipe e que, quando alguns membros, como o pessoal da enfermagem, suspendem as atividades, todo o processo fica prejudicado, pois todos dependem uns dos outros.

Sílvia Melo destacou ainda que as paralisações no Veredas prejudicam não apenas a assistência aos pacientes, mas também os programas de residência médica do hospital. 

“Como fazer medicina sem equipe, sem laboratório eficiente, sem exames complementares feitos em tempo hábil? A precariedade inviabiliza a aprendizagem médica”, afirmou. 

Segundo a presidente do Sinmed, os residentes estão prejudicados e deveriam ter sido transferidos para outras instituições. 

“A justiça insiste em mantê-los lá, achando equivocadamente que médico residente é médico assistente, mas não é dele essa responsabilidade. O hospital deve dispor de médicos assistentes em quantidade compatível com a demanda”, enfatizou.

Melo reforçou ainda que, diante da remuneração deficiente e da precariedade na formação acadêmica, a situação só tende a piorar. 

“É no mínimo uma irresponsabilidade compactuar com cursos de residência fora dos padrões. Vale abraçar a causa, sobretudo no atual contexto em que a credibilidade da competência dos médicos está no foco das discussões nacionais”, concluiu.