A terceira noite do Festival Municipal de Quadrilhas Juninas foi um espetáculo de emoção, cores e pertencimento. Integrando o São João Massayó, o festival é promovido pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e segue até sexta-feira (20).

A leveza da infância abriu a noite com a apresentação de estreia da quadrilha infantil Xodozinho, encantando o público com sua ternura e espontaneidade.

Na sequência, a quadrilha Flor de Chita emocionou com o tema “Bendito Sejas”, uma reverência à oração e à fé em São Bento. A espiritualidade tomou conta da arena em um espetáculo marcado por delicadeza e devoção. Direto de Girau do Ponciano, a quadrilha Girassol trouxe o vigor dos folguedos tradicionais, homenageando o Guerreiro Alagoano com uma apresentação vibrante, marcada por ritmos fortes e coreografias pulsantes.

2. Santa Fé apresenta “Galanga Chico Rei”: espiritualidade e realeza negra em cena. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

2. Santa Fé apresenta “Galanga Chico Rei”: espiritualidade e realeza negra em cena. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

A Santa Fé, por sua vez, transformou o tablado em uma viagem histórica e espiritual com “Galanga Chico Rei”, espetáculo que relembra a trajetória do rei africano escravizado e símbolo da resistência e liberdade no Brasil. A narrativa resgatou a força da ancestralidade e da religiosidade afro-brasileira com beleza e intensidade. Em seguida, com o tema “Mulheres de Jorge”, a Flor do Nordeste, do município de Ibateguara, trouxe para o palco as personagens femininas criadas por Jorge Amado. A apresentação combinou lirismo e potência, homenageando as mulheres que resistem, amam e constroem o Nordeste com coragem.

Amanhecer no Sertão traz uma denúncia emocionante contra a violência de gênero no espetáculo “Até que a morte nos separe”. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

Amanhecer no Sertão traz uma denúncia emocionante contra a violência de gênero no espetáculo “Até que a morte nos separe”. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

Encerrando a noite, a Amanhecer no Sertão abordou a violência contra a mulher com o espetáculo “Até que a morte nos separe”. A quadrilha levou ao público uma mensagem impactante de denúncia e conscientização, por meio de uma performance forte, sensível e necessária.

Durante a noite, o prefeito JHC recebeu homenagens da Liga das Quadrilhas Juninas de Alagoas e da Liga dos Cocos de Roda de Alagoas. O gesto reconheceu o compromisso da gestão municipal com o fortalecimento da cultura popular, não apenas durante o São João, mas ao longo de todo o ano.

3. Prefeito JHC recebe placa das ligas culturais em reconhecimento ao apoio à cultura. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

3. Prefeito JHC recebe placa das ligas culturais em reconhecimento ao apoio à cultura. Foto: Itawi Albuquerque/Secom Maceió

O presidente da FMAC, Myriel Neto, também celebrou o momento.

“É emocionante ver a arena cheia, a força da cultura popular em cada detalhe. Do sorriso de uma criança aos gritos de resistência de um espetáculo, tudo aqui pulsa verdade. A gente segue junto, valorizando, respeitando e fazendo com amor.”

Em nome da Liga dos Cocos de Roda de Alagoas, Genivaldo Júnior expressou a emoção de ver os grupos ocupando espaços de protagonismo.

“Ver o coco de roda dentro dessa arena é uma conquista coletiva. É o resultado de um ano inteiro de trabalho, resistência e amor pela cultura. Estar aqui, sendo reconhecido e aplaudido, é algo que emociona profundamente. Essa homenagem ao prefeito é, na verdade, um agradecimento em nome de toda a comunidade que nunca deixou a cultura morrer, mesmo nos momentos mais difíceis.”

Washington Nascimento, presidente da Liga das Quadrilhas Juninas, reforçou os avanços conquistados durante a gestão JHC.

“Hoje as quadrilhas fazem parte oficialmente do calendário da cidade, com respeito, com estrutura, com dignidade. Isso é fruto de uma gestão que acredita na cultura como parte essencial da vida das pessoas. Essa placa é um símbolo de gratidão e esperança.”

O Festival Municipal de Quadrilhas Juninas continua até sexta-feira (20), no bairro do Jaraguá, reafirmando o compromisso de Maceió com suas raízes, sua arte e seu povo.