Adriano Farias foi assassinado na tarde do dia 18 de junho de 2024, dentro do seu próprio carro, na cidade de Junqueiro.
O crime, típico de pistolagem, teve motivação política, logo concluiu a Polícia Civil, e virou tema da campanha eleitoral pela prefeitura do município.
O blogueiro de 38 anos vinha incomodando alguns poderosos na cidade, e paulatinamente – e lentamente – a investigação foi avançando.
Entre agosto e setembro de 2024, foram presos um inspetor da Guarda Municipal de Junqueiro – numa carreata em Teotônio Vilela – e um servidor comissionado da prefeitura, acusados de autores materiais.
Só em novembro, após a votação, a Polícia Civil apontou o que seriam os mandantes: Valdir Silva, irmão do prefeito de Junqueiro, e sua mãe, Rejane Silva.
Eles tiveram a prisão decretada, juntamente com outro suposto participante, conhecido como Hélio Bocão, mas fugiram e só reapareceram quando o TJ substituiu a decisão do primeiro grau por medidas cautelares.
Pois bem: agora vive-se a expectativa do julgamento dos denunciados, sob pena de esquecimento, como outros crimes de motivação política em Alagoas.
Aliás, nem mesmo o deputado Fernando Pereira, voz ativa na denúncia da morte de Adriano Farias, renovou suas cobranças por Justiça.