O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL), Rodrigo Buarque, coordenou o debate sobre financiamento da saúde no Brasil: Perspectivas dos Estados e municípios, durante XXXVIII Congresso do Conasems, que ocorre em Belo Horizonte-MG.

Na ocasião, foi lançado o livro com a mesma temática e as discussões contaram com a participação  dos autores, Antonio Carlos Rosa Junior, Blenda Leite, Natália Nunes e Gustavo de Almeida.

O objetivo da discussão foi promover o debate sobre a alocação e execução dos gastos com serviços públicos de saúde no Estados, Distrito Federal e municípios, considerando a distribuição dos recursos pelas regiões e as diferentes fontes de financiamento público.

Rodrigo Buarque ressaltou os desafios regionais, em particular para os municípios do Nordeste que, segundo ele, acabam fazendo um empenho muito grande de aplicação financeira, quando as suas arrecadações são, comparativamente, menores que de outras regiões do país.

Na ocasião, ele pontuou a importância de os gestores da Saúde terem como livro de cabeceira a Lei 141 de janeiro de 2012 que estabelece normas para a aplicação dos recursos mínimos em saúde para a União, estados, Distrito Federal e municípios. Ele alertou para a necessidade dos secretários de saúde,  que muitas vezes têm formação em outra área, especializarem-se para evitar que sejam comprometidos com a cultura do "assine aqui", sem sequer ler os documentos.

O professor universitário, Gustavo de Almeida, que atua com políticas públicas com ênfase em financiamento público, reconheceu que as emendas são remédios paliativos que causam distorções. Ele mostrou com dados que o maior desafio da administração pública é que o peso maior da conta recai sobre os municípios na soma total do SUS, a exemplo da Atenção Básica que demanda 60% dos recursos gastos. "Os municípios fazem um esforço fiscal enorme para manter os serviços funcionando", reforçou.