Uma audiência pública com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad organizada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados foi encerrada antes do previsto, nesta quarta-feira, 11, após tumulto provocado por parlamentares da oposição. O evento, na Casa, foi organizado para que Haddad falasse sobre diferentes temas, como os impactos da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais mensais.
A decisão de encerrar a audiência foi tomada pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG). “Com base em que os deputados não permitem que a presidência dirija o trabalho, eu não posso pedir à segurança para retirar os deputados baderneiros aqui de dentro. Então eu vou ter que encerrar a sessão, para que os baderneiros não fiquem fazendo baderna na comissão. Não são membros da comissão”, declarou.
“Os baderneiros conseguiram terminar a reunião. A reunião está encerrada, e vamos liberar o ministro Haddad após a baderna dos bolsonaristas“, afirmou também.
Após o anúncio, os líderes da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), e da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), pediram que o petista mantivesse a audiência. Zucco defendeu que ele concedesse uma questão de ordem, mas Correia afirmou que já havia dado.
“A deputada Carol de Toni disse que quer falar, vários querem falar, mas como tem três deputados que não querem deixar ninguém falar, eu não posso continuar a reunião. Está encerrada a reunião. Eu peço desculpa, ministro, pela atitude desses deputados que vieram aqui para fazer baderna, que é exatamente o que eles sempre tentam fazer. Então nesse caso está encerrada a reunião”, pontuou o petista.
Deputados da oposição entoaram, então, “fujão” contra Haddad. Mais cedo, na audiência, o ministro chegou a bater boca com deputados bolsonarista e disse que Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) estavam fazendo “molecagem”.