Um dia após mudanças no comando da Academia de Polícia Militar (APM) de Alagoas, a PM divulgou uma nota oficial, na manhã desta terça-feira (10), esclarecendo que as alterações não têm relação com a fuga do major Pedro Silva, ocorrida no último fim de semana.
O major, que estava preso na APM desde janeiro deste ano por violência doméstica, conseguiu escapar da custódia, levantando questionamentos sobre a segurança e a gestão da unidade.
No entanto, a Polícia Militar enfatizou que as mudanças fazem parte de um processo rotineiro da corporação, com o objetivo de “oxigenar a tropa e dinamizar a gestão no serviço policial militar”.
O caso ganhou repercussão após o major, já considerado foragido, invadir a casa da ex-companheira no bairro do Prado, em Maceió. No local, ele manteve cinco pessoas como reféns e cometeu um duplo homicídio.
Foram mortos por ele, o próprio filho, de apenas 10 anos, e o cunhado. O major também morreu durante a ação, após intervenção do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
De acordo com o Boletim Geral publicado na segunda-feira (9), o coronel Mario Antônio de Oliveira Xavier Barros foi transferido da APM para o Comando de Policiamento Especializado (CPE), sendo substituído pelo coronel Carlos Azevedo.
Segundo a corporação, a decisão levou em conta os currículos dos oficiais e suas respectivas experiências tanto na área operacional quanto na gestão de cargos estratégicos.
A nota ainda afirma que a movimentação também permitirá “maior isenção nas investigações” relacionadas à fuga do major Pedro Silva, reforçando o compromisso da corporação com a transparência e a apuração dos fatos.
Além do comando da APM, outros seis militares foram transferidos em caráter excepcional. A PM esclareceu que essas mudanças também não tem relação direta com a fuga, uma vez que nenhum dos envolvidos estava de serviço no dia do ocorrido.
O termo “caráter excepcional”, segundo a nota, refere-se apenas ao fato de que as transferências foram realizadas fora da data usual para esse tipo de movimentação.
