É uma tragédia, não podemos subestimar, com consequências ainda futuras para os sobreviventes.
Entretanto, não se pode reduzir a avaliação do crime cometido por um major da PM, com três mortos – inclusive uma criança de 10 anos, filho dele – a um episódio de violência extremada.
A questão que grita, e de há muito, a exigir providências urgentes da própria PM e das demais instituições que lidam com o trabalho das polícias, é a necessidade de um acompanhamento detalhado e permanente da saúde mental e psicológica dos profissionais da Segurança Pública.
A depressão e o alcoolismo, tudo potencializado pelo estresse do próprio trabalho profissional, não podem ser vistos e tratados como exceção, sem grande importância.
O governo, o comando da PM, demais instituições e a sociedade, precisam levar a sério o problema que, de quando em vez, se manifesta da pior maneira possível.
Sem preconceito e com o auxílio da ciência, eis uma exigência cada vez maior desses tempos de violência extrema.
Lamentar apenas não nos levará a canto nenhum.