Seria tolice imaginar que Artur Lira voltaria à planície depois de quase uma década na cúpula do poder em Brasília.
Ele continua mandando muito, por exemplo, na Câmara Federal, cujo presidente, Hugo Motta é todo ouvidos para Lira sempre que ele chega com algum conselho, levando a experiência de dois mandatos na cadeira de Motta.
Um exemplo foi a decisão do atual presidente da Câmara de pautar o requerimento suspendendo o processo contra o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem.
A argumentação foi pragmática: Motta apareceria como defensor do parlamento e alinhado – também – com a extrema direita, que tem força na Casa.
Da mesma maneira, Lira tem defendido uma alternativa ao projeto de anistia para a turba de 8 de janeiro, intermediário (O Globo, de ontem).
Esperemos, mas tudo leva a crer que a ação da Câmara vá seguir por aí.