Uma tragédia marcou a noite desse sábado (8) em Maceió, quando três pessoas, entre elas um menino de dez anos, morreram depois que o major da Polícia Militar de Alagoas, Pedro Silva, invadiu a residência da ex-mulher, fazendo várias pessoas reféns. A criança era filha do major e a outra vítima, o ex-cunhado, sargento da PM.

O caso aconteceu na Rua Manaus, bairro do Prado.

Em entrevista à imprensa, o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Patrick Maia, explicou que, com a intervenção da equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o major resistiu à prisão e também morreu.

Os policiais, no entanto, puderam retirar da casa, em segurança, duas mulheres e uma criança de cerca de dois anos, a ex-companheira e o filho, e a irmã dela (ex-cunhada do acusado).

Ainda conforme Patrick, o major provocou uma carnificina no local, provavelmente utilizando uma faca. O cenário, na casa, envolvia corpos mutilados, cabelos cortados e muito sangue: “É horrível de se ver, uma carnificina... É o pior cenário em uma ocorrência policial para qualquer polícia do mundo”, afirmou.

A entrevista, na íntegra, foi encaminhada ao CadaMinuto pela assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL).

O major estava cumprindo prisão preventiva, na Academia de Polícia Militar, no Trapiche, em razão do crime de violência doméstica, praticado contra a ex-mulher, mãe das crianças e uma das vítimas do sequestro.

A Polícia Civil irá investigar como o major conseguiu fugir da Academia e acessar a residência.

As vítimas sobreviventes foram socorridas pelo Samu para o Hospital Geral do Estado (HGE) e ainda não há informações sobre o estado de saúde delas.