Um jornalista, que preferiu não ser identificado, denunciou ao CadaMinuto ter sido vítima dos crimes de homofobia e agressão física praticados por um professor, vizinho dele. O caso aconteceu no final da tarde de sexta-feira (6), no prédio onde ambos residem, localizado na Rua Abdon Arroxelas, na Ponta Verde.  

Abalado, o jornalista informou que, na manhã de segunda-feira (9) irá, acompanhado do advogado, registrar um Boletim de Ocorrências contra o professor, por homofobia e agressão física.  

O caso já foi levado ao conhecimento da síndica e dos demais moradores. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram o momento da agressão e também quando, em seguida, o professor corre, com uma barra de ferro nas mãos, em direção à vítima.

O jornalista agredido contou que estava realizando sua caminhada habitual e, quando chegou no salão de festas, encontrou o professor ministrando aula particular para alguns alunos no local, uma área comum, o que não é permitido pelo Regimento Interno do condomínio.

“Além disso, ele colocou duas mesas e cinco cadeiras obstruindo a passagem para a academia do prédio. Para evitar qualquer conflito, optei por realizar minha caminhada dentro do salão, ouvindo música, como de costume. Então, infelizmente fui surpreendido pelo professor que, de forma agressiva e descontrolada, começou a gritar comigo e, de forma totalmente inesperada, agrediu-me fisicamente com um soco, que resultou em sangramento no nariz e deixou um hematoma em meu olho esquerdo”, relatou. 

Ainda segundo a vítima, durante a agressão - presenciada pelo grupo de alunos, todos adolescentes - "ele também proferiu palavras ofensivas e de cunho homofóbico, chamando-me de 'viadinho', o que configura não só violência física, mas também crime de ódio e homofobia, previsto na legislação brasileira, desde 2019", prosseguiu o jornalista. 

“Quero tornar isso público, para que outras pessoas não sejam vítimas desse homem e isso não fique impune, e para alertar os demais moradores e a administração do condomínio sobre a gravidade do ocorrido, para que episódios como este jamais se repitam”, finalizou a vítima.

O CadaMinuto teve acesso a fotografias e filmagens, mas não irá divulgá-las, a fim de preservar a identidade dos adolescentes que presenciaram as agressões. A reportagem também busca contato com o professor.