Tem sido intenso e incisivo, nos últimos dias, o noticiário sobre o iminente rompimento entre o prefeito JHC e o deputado federal Arthur Lira, e a consequente aliança com os Calheiros.

A turma de Lira nega de pés juntos que isso esteja em curso. 

O assunto e seu conteúdo não são novos, mas as informações agora vêm até mesmo de fora de Alagoas, no noticiário nacional.

Apenas como curiosidade, é importante saber que tanto Calheiros quanto Lira mantém relações pessoais e políticas com jornalistas de vários veículos de comunicação locais e nacionais.

As notícias chegam e se instalam - até pelo silêncio sepulcral de JHC, que calou desde a eleição do ano passado, como se não precisasse dar satisfação a ninguém.

Mas, enfim, o que se sabe disso, efetivamente?

O prefeito promoveu uma espécie de intervenção branca na Secretaria Municipal de Educação, o que irritou profundamente os Pereiras – bem mais do que Lira, envolvido com outras questões.

Se isso vai significar um rompimento, o tempo dirá.

O que se vê por enquanto é um farto noticiário  alimentado por Calheiros e calheiristas, os mais diretamente interessados em carimbar em JHC a imagem de “traíra”.

Enfraquecendo-o, fica mais fácil buscar uma aliança futura ou enfrentá-lo sem que ele tenha um entorno que lhe auxilie, principalmente no interior.

Afinal, quem vai apoiar alguém que não merece a mínima confiança? 

Esta é a construção em curso.  

É sempre possível - e sempre aqui é sempre, mesmo – que eles estejam todos juntos em 2026: Calheiros, Lira, JHC, Dantas e entornos, mas por enquanto a operação segue outro rumo: o de pintar em JHC a imagem e a semelhança de um incansável traidor.

Se será ou não, ele que se manifeste.

A turma joga o jogo com as regras não escritas, mas conhecidas pelos melhores e piores jogadores.

E aí, não tem jeito: ou topa a parada ou sai em arrancada.