Os defensores da Educação de Alagoas decidiram montar barraca para pressionar o poder público. Até aí, nada de novo. Curioso é o endereço do protesto: a Prefeitura de Maceió, onde estão instalados desde ontem (26). Enquanto o governador Paulo Dantas ignora mais de 20 pautas da categoria, o sindicato prefere acampar em outra porta. 

Um GPS ideológico talvez?

Não se trata aqui de poupar a Prefeitura. Todo gestor merece vigilância e pressão, quando necessário. Mas é de um preciosismo quase artístico (ao menos pé de serra não falta no acampamento) a capacidade do Sinteal em suavizar para o Estado, mesmo após Paulo Dantas descumprir os acordos firmados com a categoria após a greve de 2023.

Sem falar do recente reajuste salarial de 4,83% dado pelo governador, índice bem abaixo do pleiteado pela categoria (10%) e também aquém dos 6,27% proposto pelo Município e recusado pelo sindicato. Além disso, o Estado ignora as progressões de carreira e pagamento dos precatórios do Fundef, estes, aliás, já quitados integralmente pela Prefeitura aos seus servidores da educação.

Enquanto isso, Paulo Dantas segue tranquilo em seu gabinete, contando com a curiosa seletividade do sindicato.

 No fim, o palco foi montado bem longe de quem deveria ser o protagonista da cobrança.