E acontece não só em Alagoas. 

Toda a mídia nacional coloca o nome da procuradora Marluce Caldas, candidata a ser ministra do STF, associada ao grupo político familiar e a aliados.

Isso é profundamente injusto com a integrante do Ministério Público de Alagoas, elogiada por todos os/as colegas que já ouvi falar sobre ela.

É lembrar que Marluce Caldas foi também a mais votada entre os que disputaram a vaga com ela – do quinto -, resultado de um trabalho de convencimento da própria categoria da qual faz parte. Também recebeu a maior quantidade de votos do próprio STJ na elaboração da lista tríplice encaminhada à presidência da República. 

Promotora promovida ao cargo de procuradora, situação rara, Marluce Caldas escreveu uma história respeitável e respeitada na instituição que hoje representa, trilhando um caminho profissional independente.

Não imagino que ela se sinta confortável em meio ao tiroteio midiático sobre a sua possível nomeação ao STJ.

A questão que merece, sim, discussão é: não seria mais saudável eliminar o caminho político da nomeação?

(Por ora, não dá para brigar com a realidade.)