O crime aconteceu em 18 de junho.
Dias depois, o governador disse publicamente, talvez por descuido ou para lacrar, que os assassinos seriam identificados e punidos.
Qual o quê!
Essa não é uma área que ele domine ou tenha interesse como governador: apuração de crimes políticos. Para tanto, é preciso ter disposição e não temer atingir os que estão próximos – às vezes, até próximos demais.
Por sua vez, a PC alagoana não tem vocação para investigar esse tipo ade ação criminosa. Não por falta de capacidade dos profissionais da Segurança Pública, mas pelo comando político das instituições policiais.
Prenderam dois supostos executores, mas os mandantes continuam livres, leves e soltos (gargalhando a essa altura).
Circulam informações de que há uma delação que aponta preços e prazos e contratantes - tudo cumprido, como um bom negócio da morte.
O assassinato de Adriano Farias completa quatro meses hoje e os familiares da vítima veem a promessa do governador virar fumaça.
E isso não sai na propaganda oficial ou oficiosa.
Que os familiares da vítima da pistolagem de mando não esqueçam que a justiça está tardando e caminhando para se tornar injustiça – enquanto Alagoas anda para tempos já idos, de coronéis donos da vida a da morte.