Os promotores de Justiça Frederico Alves, Kleber Valadares, Izelman Inácio e Rodrigo Soares explicaram mais detalhes de como agia a organização criminosa (Orcrim):  

“Ao ser onerosamente contratada pelo poder público, a cooperativa passa, por via de consequência, a perceber vultosas quantias dos entes municipais, valores estes que, em tese, destinar-se-iam ao pagamento dos ‘cooperados’ e atividades relacionadas”;

“Ocorre que ao contrário do esperado, grande parte do dinheiro público proveniente dos diversos municípios alagoanos, inclusive de Feira Grande, logo após ser creditado na conta bancária da cooperativa, era, significativamente, repassado às contas bancárias de duas pessoas jurídicas constituídas para o fim de desvio do capital e enriquecimento da Orcrim, dissimulada por meio da emissão de notas fiscais de serviços, sem efetiva e proporcional contrapartida das referidas empresas cuja eventual atividade desempenhada justificasse o recebimento de tais valores de ordem milionária”, diz um trecho da petição.

A organização criminosa é acusada de fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público e crimes de peculato. O líder da quadrilha comprou o Porsche vermelho, modelo Carrera 911, ano 2021, avaliada em R$ 828 mil, do ex-jogador da Seleção Brasileira condenado por estupro Daniel Alves.

Oito mandados de busca e apreensão também foram executados nas mesmas localidades. Todo o esquema foi montado com a principal finalidade de desviar dinheiro público e promover o enriquecimento ilícito da referida Orcrim.