Uma pesquisa do DataSenado em parceria com o gabinete do senador Rogério Carvalho, relator da CPI da Braskem, ouviu 1.727 vítimas do afundamento dos bairros de Maceió, de 22 a 25 de abril.
Os resultados podem não ser surpreendentes, mas não deixam de ser chocantes.
Alguns números impactantes:
- 84% acham que a população diretamente afetada participou pouco ou nada dos acordos realizados com a Braskem por intermédio dos poderes públicos;
- 82% dos entrevistados se disseram insatisfeitos ou muito insatisfeitos com as ações dos poderes públicos em relação ao desastre (satisfeitos – 2%);
- 13%, apenas, dos consultados se disseram muito satisfeitos com os acertos feitos com a mineradora (pouco ou nada satisfeitos – 47% e 37%, respectivamente).
- 3% disseram que a Braskem compensou totalmente o dano causado à cidade ou em parte, 29%.
Quanto as regiões que não foram ou foram menos contempladas, eis a posição dos entrevistados:
- Flexal 46%;
- Bom Parto 34%;
- Chã de Bebedouro 27%;
- Farol 22%;
- Mutange – 13%;
- Bebedouro 11%.
(Outros bairros são citados: Pinheiro, 7%; Sanatório, 6%, além de outras localidades.)
Sobre a qualidade de vida atual dos atingidos, o dado é impressionante: 0% dos entrevistados consideram ótima, 2% boa.
Só 5% consideram boa a vida atual que levam; 30% estão insatisfeitos.
Quanto ao endividamento após o desastre: 56% disseram que se encontram nessa situação, contra 44%.