Em depoimento prestado na manhã desta segunda-feira (6), a mulher autuada por exercício ilegal da medicina em Maceió, Helenedja Rodrigues de Oliveira, confessou, pela primeira vez, que não possui diploma de médica e não chegou a passar no vestibular para se formar na profissão.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, Helenedja Rodrigues teria enganado a própria família sobre sua formação profissional. Ela contou, em depoimento à delegada Lici Mônica, que investiga o caso, que se mudou para o Rio Grande do Sul e contou aos familiares que estudaria medicina, que seria o sonho dele. No entanto, ficou seis anos no estado lendo e viajando.

Ainda segundo a polícia, após o período no RS, a mulher retornou para Maceió e disse a família que estava formada. Os familiares a ajudaram abrir um consultório médico para que ela pudesse exercer a profissão.

No depoimento, Helenedja contou que teve dois consultórios no mesmo prédio empresarial onde atendia. O primeiro  foi em sociedade com uma dentista- que ainda deve ser ouvida pela polícia, porém, após um desentendimento, ela alugou uma sala e contratou uma recepcionista.

Em relação ao número registro profissional usado por ela, Helenedja contou que fez uma pesquisa na internet por um número aleatório escolhido e como percebeu que não havia profissionais cadastrados no Rio Grande do Sul, passou a utilizá-lo como seu. Posteriormente,  ela usou o mesmo registro como sendo vinculado ao conselho de Alagoas.

A polícia ainda deve ouvir a recepcionista, o marido de Helenedja e um médico que indicava pacientes para ela. Com a confissão, Helenejda pode responder por exercício ilegal da medicina e estelionato.