Para que a CPI venha a dar dividendos políticos ao senador Rodrigo Cunha, o que pode ser legítimo, ela terá que:
- conseguir melhores indenizações para os mais de 60 moradores dos cinco barros atingidos pela mineração do sal-gema;
- expor as vísceras das relações entre os que poderiam ter ajudado a evitar a tragédia, mas que nada fizeram, por omissão, conveniência ou interesses que não os da população.
A parte criminal, está claro, é papel da polícia e da Justiça, o que não impede a comissão de apresentar um relatório onde sejam visíveis os nomes dos cúmplices da empresa no processo de afundamento de Maceió.
É verdade que, ao contrário do seu colega Calheiros, Cunha não manteve relações estreitas com a Braskem ao longo da sua carreira política.
Mas isso não é suficiente. Ele precisa lutar com unhas e dentes em defesa das vítimas reais da mineradora e apresentar resultados concretos.
A CPI vem quarta-feira a Maceió - atendendo pedido do senador.
Que ele assuma aqui o protagonismo de que precisa.