É Calheiros sendo Calheiros.
O senador do MDB não assinou a ata da reunião com a definição das emendas da bancada federal e Alagoas pode ficar fora dessa parte do orçamento da União.
Agora ele tem dois alvos: além do permanente e óbvio Lira, Paulão virou seu desafeto desde as eleições do ano passado – o petista revelou que o emedebista vetou o nome de Rui Palmeira na disputa para prefeito de Maceió e ainda se lançou pré-candidato ao Senado.
Até agora, Alagoas é o único estado que não apresentou suas emendas de bancada.
Calheiros argumenta que há ilegalidade na apresentação das emendas – que foram individualizadas, o que seria proibido -, mas sete deputados rejeitam seus argumentos e mantêm os pedidos definidos na reunião.
O senador não foi ao encontro, mas mandou um assessor.
O deputado Paulão, que tem recebido as bordoadas calheirísticas, disse ao UOL:
- Ninguém é favorável a nada ilegal, isso eu repudio com veemência. Ele todo ano assinou a ata dessa forma, nunca questionou. Por que agora ele muda de pensamento?
E complementou:
"As reuniões tiveram assinatura de todos os representantes. Renan disse depois que não iria assinar, que o assessor não o representaria. Quando questionado que solução ele propunha, não deu nenhuma. Isso é grave, um estado com as dificuldades como Alagoas não pode perder esse dinheiro."
São R$ 415 milhões, que os deputados Paulão (coordenador da bancada), Alfredo Gaspar, Arthur Lira, Daniel Barbosa, Delegado Fábio Costa, Marx Beltrão e Luciano Amaral, e a senadora Dra. Eudócia, querem manter no orçamento da União em 2026.
Eles pediram uma audiência urgente ao presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho, com as consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado.
Como é de prever, Calheiros, ao estilo, não muda de opinião nem que a vaca tussa.









