O júri do caso Joana Mendes, que acontece nesta segunda-feira (1º de abril), no Fórum do Barro Duro, parte alta de Maceió, deve ser concluído na madrugada desta terça-feira (2), segundo a previsão do juiz Yulli Rotter, titular da 7ª Vara Criminal da Capital, que conduz o julgamento.
Arnóbio Henrique Cavalcante Melo é julgado por matar a ex-esposa, a advogada Joana Mendes, com 32 facadas, 30 delas no rosto. Ele confessou o crime.
O julgamento acontece desde a manhã desta segunda-feira. No fim da tarde, o júri teve uma pausa após a oitiva das testemunhas de acusação. A defesa desistiu de interrogar algumas testemunhas, segundo informou a assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Em entrevista à imprensa, a irmã de Joana Mendes, Júlia Mendes, disse que a família espera que Arnóbio Melo receba condenação máxima. Ela afirmou que o pai faz aniversário nesta terça-feira (2) e que a condenação do réu seria um presente.
"Hoje, 1º de abril, a gente só tem como meta o dia da verdade. Amanhã é aniversário do meu pai e o único presente que a gente pode esperar é que ele receba a condenação desse criminoso, desse feminicida, com a pena máxima", disse Juliana Mendes.
A advogada Joana de Oliveira Mendes foi assassinada no dia 05 de outubro de 2016, dentro do seu veículo. Ela foi encontrada sem vida dentro do carro no Conjunto Santo Eduardo, no bairro do Poço, em Maceió. Sua face estava ensanguentada, e a perícia revelou que ela foi vítima de 32 facadas na cabeça.
Segundo investigações, seu ex-marido, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, marcou um encontro com ela sob o pretexto de discutir a guarda do filho de dois anos. No entanto, ele estava armado e a atacou no interior do automóvel. O corpo de Joana foi encontrado ainda preso ao cinto de segurança. Apesar da tentativa de fuga, o ex-companheiro foi posteriormente capturado. Ainda segundo os autos, o réu não aceitava o término do relacionamento.