Este blog vem publicando alguns textos em que cobra a apuração do histórico da Braskem e a relação perigosa da mineradora com o poder local – inclusive os que têm expressão nacional.

É muito simples: só chegamos à situação trágica de agora graças à parceria, ainda que não muito nítida, da empresa com os personagens que mandam muito por aqui.

Eis que vislumbro a CPI da Braskem como uma chance, única, de se contar a história de mais 40 anos de exploração do sal-gema em Alagoas sem o olhar fiscalizador de quem teria como missão institucional exatamente a adoção de medidas preventivas que pudessem evitar o sofrimento e a dor de dezenas de milhares de maceioenses.

Por óbvio, e por tudo que sabemos sobre os personagens que bradam pela investigação, que é preciso isenção e independência dos investigadores.

Não há de ser, a CPI, um véu preventivo para os podem, potencialmente, ser apontados como cúmplices do crime já evidenciado.

Que venha a CPI, mas sem o comando os locais – e creio que não é preciso dizer mais nada sobre isso.