Em entrevista concedida ao PodCast ‘Ordinário Cast’, que repercutiu os impactos sociais, econômicos e urbanos causados pelo crime socioambiental praticado pela Braskem em Maceió, a professora Natallya Levino, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que pesquisa sobre o assunto há alguns anos, defendeu que a Prefeitura de Maceió necessita ser indenizada.
“Olhe quantos pontos podemos observar que a Prefeitura foi lesada. Eu não estou falando de valores, mas tem a necessidade da Prefeitura de Maceió ser indenizada. É mobilidade que precisa ser reparada, é aumento da demanda em postos de saúde, escolas e outros equipamentos públicos”, explicou a pesquisadora.
Ainda durante a entrevista, Natallya explica que esse crime socioambiental, em cinco bairros de Maceió, vitimizando cerca de 60 mil moradores, impacta sobre toda a cidade de Maceió. Os efeitos são sentidos na mobilidade urbana, na especulação imobiliária, além dos questionamentos sobre os empreendimentos que tiveram que ser realocados e as indenizações para moradias, já que as pessoas que não estão conseguindo encontrar imóveis no mesmo padrão em que moravam ou mantinham seus negócios antes dos tremores e da evacuação dos bairros.
“É um verdadeiro efeito cascata, essas pessoas saíram dos seus bairros, foram para outros e isso acaba saturando equipamentos públicos e vias, e tudo isso precisa ser reparado. É um grande problema social que vai muito além do que a gente consegue mensurar”, finalizou Natallya.










