A Polícia Civil de Alagoas identificou o suposto autor das ameaças feitas à prefeita de Atalaia, Cecília Hermann, por mensagens de WhatsApp, em agosto deste ano. De acordo com o inquérito da Polícia Civil de Alagoas, um homem identificado como Carlos Eugênio Ferreira dos Santos, seria o "proprietário do smartphone de onde partiram as ameaças contra a vítima".
Segundo as investigações, “foi identificado um padrão semelhante no modus operandi dos alvos investigados, que se passando por apoiadores ou críticos políticos, utilizam-se de perfis de redes sociais inautênticos para, com o manto do anonimato, efetuar postagens desonrosas ou mandar mensagens ameaçadoras diretas contra personagens da política local, que notoriamente possuem pública desavença, exacerbando a intriga".
A investigação aponta ainda que Carlos Eugênio, que se encontra foragido, “é indivíduo de certa periculosidade, tendo quem vista que já foi preso e processado por roubo".
Quem está por trás dessa armação?
“O autor material das supostas ameaças foi identificado, mas está em paradeiro desconhecido, segundo a polícia, e ainda há muitas perguntas sem resposta nesse caso em que meu nome e meus dados foram usados de forma criminosa. A quem interessa ameaçar uma mulher, prefeita, e tentar incriminar seu ex-esposo, também prefeito, e pai do seu filho? Quem está por trás dessa armação?”, questionou o prefeito de Pilar e ex-esposo da vítima, Renato Filho.
Espero que as autoridades policiais encontrem o executor e cheguem ao mandante desse crime, pois as evidências apontam muitas ‘estranhezas’, comentou Renato.
“É no mínimo curioso que a ameaça tenha sido amplamente divulgada, causando - com razão - uma grande comoção, mas que a conclusão do inquérito que identificou e indiciou o autor material ficou no silêncio por parte da suposta vítima. Por que a demora de três dias para prestar queixa à polícia, o que só foi feito quando meu pai, o médico Renato Rezende, informou que iria voltar a realizar atendimentos médicos na cidade de Atalaia? E, finalmente, como um policial ligado aos gestores de Atalaia já sabia que o chip estava em meu nome no mesmo momento em que a suposta vítima prestou queixa, quando ele me telefonou e me comunicou sobre o fato?”, arguiu o prefeito.
Desde a denúncia, escolhi não me pronunciar para proteger meu filho, uma criança que seria exposta à queixa de uma mãe que já sabia que o chip usado para ameaçá-la estava registrado no nome de seu pai.
“Em meio a tantas dúvidas nessa trama, sigo confiante na polícia e na Justiça de nosso estado, em busca dos esclarecimentos sobre esse crime”, concluiu Renato Filho.
O caso
A prefeita do município de Atalaia, Cecília Hermann, registrou, no dia 17 de agosto, um boletim de ocorrência na sede da Delegacia de Crimes Cibernéticos (Deic), em Maceió, após receber uma ameaça por meio de um número desconhecido no aplicativo WhatsApp.
Segundo informações, a prefeita recebeu a seguinte mensagem: "O que é seu está guardado, só lhe digo isso, não perco pra ninguém, vou até o fim, mas aí você não fica".
Cecília, à época, se pronunciou publicamente e disse que "recebeu uma ameaça de um/uma covarde que se esconde nas redes sociais, mas que não será intimidada”.
“Lamento, mas não vão me calar! Continuarei trabalhando incansavelmente por Atalaia", disse a prefeita.
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