Como já dissemos aqui, a chamada rede complementar de Saúde “está passando pela maior crise da sua história”, segundo o relatório da reunião da Comissão de Acompanhamento de Contratos, Convênios e Projetos em Saúde, realizada em 26 de setembro.

A afirmação é do Sindicato dos Hospitais de Alagoas, representado no encontro pelo médico Júlio Bandeira, ex-presidente do Sindicato dos Médicos e integrante do Conselho Estadual de Saúde.

Ele detalhou, no seu depoimento, que na reunião realizada com o vice-governador Ronaldo Lessa, em junho desse ano, tentando minimizar as dificuldades do setor, o secretário Vitor Pereira revelou que “o Estado está enfrentando uma grave crise financeira”.

Entretanto, o porta-voz de Dantas “se comprometeu a pagar entre o dia 20 e 30 a rede complementar”, o que não aconteceu.

Segue o relatório:

Disse ainda que no final de agosto numa nova reunião com o vice-governador Ronaldo Lessa se decidiu pelo parcelamento do passivo e a promessa de encontrar uma alternativa para a recomposição dos 20%, mas isso não ocorreu”.

Há novidades, porém, no documento.

Aqui vai uma:

Bandeira afirmou na reunião que “o atraso no pagamento da rede complementar... ocorre desde o início do Governo Renan Filho. E cita que na época da gestão de Rosangela Wyszomirska, os hospitais foram denunciados ao Ministério Público do Trabalho pelos sindicatos das categorias por atraso no pagamento de salários. Foram feitas várias audiências trabalhistas com a Procuradoria Geral do Trabalho envolvendo trabalhadores, prestadores e gestores estaduais que se comprometeram a atender ao acordo feito com o MPT de pagar a folha salarial até o décimo dia do mês seguinte ao trabalhado. Os hospitais vêm cumprindo esse acordo com a retirada de recursos de outras fontes”.

E outra: 

“Especificamente sobre Maceió, ele informou que o Ministério da Saúde instituiu um incentivo para os municípios, observando indicadores de qualidade com 10 aspectos a serem cumpridos, sendo 70% de avaliação qualitativa e 30% de avaliação quantitativa. O objetivo dessa iniciativa é de qualificar a gestão.”

“Se o hospital atingir a partir de 80% dos 10 indicadores recebe 80% a mais do valor estabelecido mensalmente para aquele hospital. O Ministério da Saúde já repassou 4 meses desse incentivo para Maceió, mas a prefeitura alegando trâmites burocráticos ainda não repassou nada para os hospitais.”

Enquanto isso, na Sala da Injustiça...

... a Assembleia Legislativa recebe uma suplementação – dinheiro novo, cheiroso e fofinho – de R$ 125 milhões este ano.

E a prefeitura continua gastando a rodo.