Não há de se dizer que o PGJ Márcio Roberto está agindo de força açodada no caso do Hospital do Coração.
Ele abre uma investigação criminal para apurar se há irregularidade na compra do Hospital do Coração pela prefeitura de Maceió, sobre a qual o prefeito mantém um inexplicável silêncio, mas o faz através de uma comissão de seis promotores.
É verdade: atende ao pedido formal do senador Calheiros, mas imagino que se proteja contra denúncias futuras de alinhamento político ao dividir responsabilidades.
Afinal, se for à frente uma investigação com sustentação e que resulte numa condenação de JHC por um colegiado - o TJ -, o prefeito ficaria inelegível ou dependendo de alguma decisão de instância superior da Justiça, em Brasília.
Ao MP, por óbvio, cabe o papel de fiscal da lei.
O que há de valer, eis o fundamental, para todos os agentes públicos.