Um é pouco, dois é bom, três é bom demais.

Pelo menos para o senador-ministro Renan Filho.

Ele está na iminência, se assim for suas disposição, de disputar a terceira eleição ao governo do Estado sem ter de enfrentar um candidato de peso, para que corresse o risco de uma derrota (como enfrentou, surpreendentemente, na disputa pelo Senado).

Lembrando que em 2014, do outro lado estava o então senador Biu de Lira, em candidato bem mais velho, o que pesa, e muito, para boa parte do eleitorado. Além disso, contou com o discreto auxílio do governador Téo Vilela. 

Quatro anos depois, veio o melhor da festa eleitoral: Renan Filho enfrentou o então senador Collor, opositor dos sonhos de qualquer candidato majoritário em Alagoas.

O que se vislumbrava agora era bem diferente: como JHC na disputa, Renan Filho teria de provar que era bom de voto não apenas nos redutos interioranos, até porque a diferença em Maceió que se anunciava era monumental.

Não que ele não pudesse ganhar, não era isso, mas o diploma de governador não estaria garantido.

Com o acordão de Brasília e a saída de JHC da disputa, a eleição de Filho lhe dá a chance de fazer a campanha com um pé nas costas.

Não acredito em sorte e azar: a costura de suas eleições foi coisa de mestre,  de quem sabe usar a agulha e a linha do tempo.