A Câmara de Vereadores de Atalaia pode ter uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar uma série de denúncias contra a prefeita do município, Cecília Rocha (MDB).
Para que a CPI seja instaurada a maioria absoluta dos parlamentares, metade mais um, devem se posicionar a favor. Até o momento quatro vereadores da oposição: Anderson Medeiros, Marco Rebollo, Fernando Vigário e Mauricio Tenório, iniciaram investigações contra a chefe do Executivo.
Mais dois parlamentares decidiram integrar o grupo, Tassinho e Alexandre Tenório. Caso eles formalizem seu apoio aos quatro vereadores de oposição, uma CPI pode ser formada. A Câmara de Atalaia é composta por 13 cadeiras.
Os vereadores protocolaram um documento tratando sobre possíveis irregularidades cometidas pela gestão de Cecília Rocha, em contratos com empresas de transporte público, no final de 2022, e em relação ao Fundeb. Se comprovadas as acusações, a prefeita pode ser afastada do cargo ou ter o mandato cassado.
“Esse grupo de seis vereadores foi formado, justamente, pra a gente fiscalizar, pois é dever do vereador, fiscalizar o executivo. E tem várias esferas pra serem investigadas aqui no município”, disse o vereador Marcos Rebollo.
Segundo Rebollo, há um valor de R$ 34,8 milhões de um contrato com a BRK, cujo saldo restante é pedido há meses pelos vereadores, mas a Prefeitura nunca apresentou.
“Tem R$ 616 mil da Defesa Civil, que a gestão alega que foi pago em colchões, cestas básicas e itens de higiene, que não pode, não é? Tinha que ser gasto também para reparar casas e muros. A Câmara pede indicações, que a Prefeitura mostre, se foi pago, ou não, advogados com dinheiro do precatório e estão negando também essas informações dos advogados. Tem várias questões que devem ser investigadas pela CPI", afirmou o vereador.
Marcos Rebollo disse ainda que uma empresa de transporte “que leva uma fatura muito boa dentro do município” e que também deve ser investigada. O vereador contou que entrou com um pedido para a redução da taxa de iluminação pública para 40%, “porque tem situações que ela chega a mais de 100% do valor, mas até agora não tive resposta".
“Vamos investigar, realizar um trabalho limpo, transparente, que como fiscal do povo a gente tem feito e que é o nosso dever. Vamos ver agora as matérias da câmara. Isso é o que se passa aqui em Atalaia. Erámos apenas três vereadores, hoje temos seis de um lado, sete do outro, e vamos fazer nosso trabalho contínuo, limpo e transparente, que isso é muito importante”, concluiu Marcos Rebollo.