Que ninguém se iluda: os servidores do Tribunal de Contas não são privilegiados em relação à questão salarial.

Pelo menos aqueles que trabalham como pessoas comuns - e são muitos.

Vida boa e dinheiro farto têm os conselheiros, procuradores do MP e demais cargos da cúpula. 

Além de nada fazerem em benefício da sociedade, estes ainda têm direito à assistência médica – para toda a família –, incluindo o “auxílio Melhoral”, denominação jocosa dada pelos trabalhadores do palácio de vidro da Fernandes Lima a esse mimo especial e para poucos – os mesmos.

(O Jornal Extra Alagoas publicou, recentemente, que o procurador–chefe do MP, Ênio Pimenta, já recebeu mais de R$ 51 mil só de diárias, este ano. Com as passagens aéreas, o valor chega a R$ 100 mil. Vai brigar com quem?) 

Mas vamos à novidade: o governador Paulo Dantas enviou mensagem à Assembleia de Marcelo Victor concedendo um novo e milionário crédito suplementar ao TC “com recursos provenientes de excesso de arrecadação”.

Além de garantir o funcionamento (?) daquela repartição, o dinheiro será destinado ao “pagamento da reposição salarial dos servidores da referida Corte, no percentual de 5,79% (cinco vírgula setenta e nove por cento), a título de Revisão Geral Anual”.

O detalhe fundamental: a data-base dos servidores do Tribunal de Contas de Alagoas é fevereiro, e, assim como aconteceu no ano passado, o reajuste será retroativo àquele mês.

É justo. 

Quanto aos servidores do Executivo, bem sabemos, a data-base não foi – nem será – respeitada.